terça-feira, 22 de setembro de 2009

3. A VIDA CONVERSA COM A GENTE

Agora, consideremos que as dores físicas também são resultado das dores da alma, ou seja, das dores metafísicas. É a vida falando com você, porque a vida fala com a gente o tempo todo, mas na maioria das vezes a gente se recusa a escutar. Imagine alguém em estado de choque, transido, você fala e ele não ouve, então você cutuca e ele nada, então você chacoalha e ele nada, então você tem que dar uma bofetada pra ele acordar. As dores do corpo são bofetadas que a vida dá na gente pra lembrar que existe uma dor na alma que precisa ser tratada, são avisos. E cada parte do corpo é uma parte da alma, porque a mente está no corpo todo. Se lhe doem os dentes é porque você bloqueou sua garra na vida, sua agressividade, e assim por diante. É preciso saber interpretar cada sinal da vida, não só no corpo, como também na sua casa, em seus objetos, no seu carro e até nos fatos que ocorrem com você. Sempre que algo sai errado, quebra, é perdido, estraga, fica com defeito ou para de funcionar, etc, na sua vida, é sinal de que existe uma dor de alma, um desajuste metafísico precisando ser tratado. Se você souber interpretar, pela analogia, poderá entender o que a vida está querendo lhe dizer. O uso da astrologia para
fazer essas analogias é muito útil, bem como técnicas de interpretação de sonhos, mesmo quando aplicada para fatos reais. Por exemplo, a árvore que tinha no meu jardim rachou ao meio, então o que a vida quer dizer sobre mim ou sobre minha família? Ora, na onirologia (intepretação de sonhos), árvore rachada é briga em família, então a vida está refletindo os conflitos aqui em casa. Estou com dor de cabeça, ora, na astrologia cabeça é Áries, simboliza a individualidade, o poder de ação e a identidade; assim, o que a vida quer me dizer sobe minha identidade, será que eu a estou escondendo?
A vida faz muito por mim, então vou fazer algo pela vida, pela única vida que eu tenho, que é a minha, eterna, porém única. Porque a vida do meu filho não é minha, é dele; mesmo a vida das minhas plantas não são minhas, são delas. A única vida que eu tenho é a minha, e é só minha, é inteiramente minha. A vida faz muito por mim porque fala o tempo todo comigo, traz o tempo todo coisas pra mim: informações, dicas, toques, pessoas, coisas materiais, clientes, empregos, dinheiro, beleza, energia... E o que eu faço pela vida, pela minha vida? A vida cuida de mim o tempo todo; e eu, eu cuido da vida, da minha vida? A vida me trata como eu me trato, isto é, como eu trato a vida, a minha vida. Como eu quero que a vida me trate? Eu quero atenção da vida, quero que ela me ouça e me dê atenção, ou seja, atenda a meus desejos, a minhas necessidades. Então eu também vou dar atenção à minha vida, a mim mesmo, a minha alma.
Todo mundo quer muitas coisas das outras pessoas: atenção, ouvido, carinho, admiração, consideração, respeito, ajuda, coisas materiais (seria hipocrisia negar), tempo, amor e prazer. Queremos ter alguém que se importe com a gente, alguém que liga pra gente. E porque queremos muito dos outros, achamos que temos de fazer um monte de coisas pelos outros, porque assim eles vão fazer o que a gente quer (o que está longe de ser verdade...). Pai, mãe, marido, esposa, filhos, família, amigos, vizinhos, colegas... Nos preocupamos com o que pensam de nós, o que falam de nós, como nos veem, etc. Pautamos nossa vida pelos outros, deixamos de fazer o que queremos pelos outros, fazemos coisas de que não gostamos pelos outros, bloqueamos partes do nosso autêntico temperamento pelos outros, pra não chocar os outros, tornamo-nos medíocres (isto é, médios, comuns, banais) pelos outros. Fazemos tudo isso pelos outros porque queremos que os outros nos dêem tudo aquilo que queremos: atenção, ouvido, carinho, admiração, consideração, respeito, ajuda, coisas materiais, tempo, amor e prazer.
CONTINUA...

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