quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A Verdadeira Auto-Estima
por Lucas Aureli


Todos os conceitos de auto-estima carregam em comum a idéia de sentir-se bem consigo mesmo: gostar de si mesmo com todas as suas características, qualidades e "defeitos", respeitar-se, colocar-se em primeiro lugar, satisfazer as próprias necessidades e se valorizar. Sentir-se bem consigo mesmo é exatamente igual a sentir-se bem com o ser amado ou o melhor amigo, alguém que você ama e em quem confia, com quem existe cumplicidade, intimidade e sinceridade sem limite. Pessoas com baixa auto-estima geralmente têm a necessidade de estar sempre acompanhadas de alguém assim, pois só assim se sentem bem. A técnica oriental de isolamento, em que um monge permanece meses ou anos sem contato com ninguém, visa justamente ao desenvolvimento da auto-estima; ficando sozinho, aprende a gostar de si mesmo por meio da auto-compreensão, pois para se gostar de algo é preciso compreendê-lo. Assim, para possuir auto-estima real é preciso se compreender inteiramente: suas idiossincrasias, medos, desejos, manias e especialmente o lado sombrio da alma.
No entanto, a cultura cristã nos aconselha a sermos bons para os outros, de modo a sermos amados e estimados, e passamos a medir nosso valor pela quantidade de amor e aprovação que recebemos dos outros, ou por coisas materiais que possuímos, cargos e funções que ocupamos e até por algo bem mais vazio e muito comum atualmente: a popularidade ou celebridade que auferimos. Todas coisas que são externas a nós, portanto, que podem ser perdidas a qualquer momento. Não são garantia de uma auto-admiração fortalecida, pois, em última instância, por mais seguros que contratemos, não controlamos essas coisas externas e, se as perdermos, perderemos os sentimentos de valor próprio que a elas associamos. Mas quando a auto-estima é verdadeira, mesmo se perdermos tudo, continuaremos nos tratando com gentileza, carinho e bom humor, da mesma maneira que agimos com alguém que estimamos quando está em situação semelhante.
Em nossa cultura, que valoriza o poder em todas as suas formas: poder aquisitivo, político, familiar, de prestígio, etc., somos levados a nos desvalorizar desde o início de nossas vidas, quando ainda não possuímos parcela significativa desses poderes. Aprendemos a respeitar e bajular aqueles que os têm, de modo que nos colocamos em segundo lugar e esse sentimento é reforçado por pais, professores e amigos que se põem na mesma situação. Amar a si mesmo é considerado egoísmo, narcisismo e vaidade; você acha que corre o risco de parecer esnobe e vai perder o respeito e a estima das pessoas. Tratando todo mundo bem e sendo modesto você pensa que obterá o amor das pessoas. É aquela pessoa que, quando você entra na casa dela, diz: "não repare na bagunça"; e quando você elogia a comida dela diz: "imagine, uma comidinha de nada". Se você elogia a roupa dela: "ah não, é só uma roupa velha"; é aquele que diz "você primeiro" o tempo todo, prá todo mundo, porque isso é considerado educação. Então, parece que ser educado resulta em se colocar em segundo lugar, portanto, abdicar de ter sucesso na vida. Ser "educado", modesto, humilde é apenas uma forma de tentar controlar o sentimento das pessoas sobre você. Na verdade, você espera que as pessoas digam sempre o contrário: sua casa está linda, sua comida está ótima, você está muito bem. Mas será que é isso o que elas pensam? Na verdade, não importa o que as pessoas pensam, mas sim aquilo em que seu próprio subconsciente acredita. De tanto ser "educado", modesto e humilde, de tanto dar a preferência aos outros em nome de tentar controlar o que sentem por você, seu próprio subconsciente acredita realmente que você é inferior e incapaz, um ser humano de segunda categoria. Então, nada mais lógico para seu subconsciente que evitar que você ingresse num bom emprego, conquiste uma linda mulher, manipule grandes quantias de dinheiro... afinal, você é incapaz.
Quem melhor que você mesmo sabe o que pode fazê-lo feliz? Quem melhor que você sabe exatamente o que merece? Quem pode acreditar no que você faz melhor do que você mesmo? Quem pode lhe dizer, melhor que você mesmo, qual é o seu verdadeiro valor? Ser egoísta no sentido de cuidar do próprio ego, ter atitudes e treinar pensamentos e sentimentos que fortaleçam seu ego, para ter um "eu" maduro, saudável e íntegro, é uma coisa ótima. Quando dizemos que alguém é egoísta, no mau sentido, falamos de alguém que justamente tem um ego fraco, por isso precisa sempre tirar vantagem em tudo e obter a atenção das pessoas. É uma questão de foco: o egoísmo saudável tem o foco no próprio ego, no "eu", em si mesmo, é independente, autônomo, não precisa dos outros, da aprovação dos outros, mas é saudavelmente sociável e considera justo ser amado exatamente por aquilo que é. O egoísmo desequilibrado, "doente", tem o foco no exterior: precisa da aprovação das pessoas ou de símbolos de poder como dinheiro, correntes de ouro, um carro com motor potente, uma namorada capa de revista, etc. Esse é o sentido do egocentrismo, embora essa palavra pareça designar que o "eu" é o centro, na verdade esse centro funciona como um buraco-negro, que suga tudo a seu redor para tentar preencher o vazio interior. Também é o sentido da palavra vaidade, que deriva de "vanitas" ou vazio, vão.
Para evitar isso, a maneira mais simples é subverter o princípio subvertido que prega "faça aos outros aquilo que deseja que lhe façam" (na esperança tola de que vão fazer...) Assim, adote o princípio de fazer a si mesmo o que gostaria que os outros fizessem por você. Quer atenção? Dê-se atenção plena, preste atenção a seus pensamentos, sentimentos, necessidades e desejos. Quer elogios? Elogie a si mesmo em alto e bom tom. Quer presentes? Vá ao shopping. Quer alegria e emoção? Cante para si mesmo. Há melhor imagem de auto-estima que a de alguém que canta no chuveiro enquanto se massageia gentilmente? Ou sua versão de luxo: Fred Astaire cantando na chuva. Não se trata, no entanto, de auto-condescendência, pois que estamos falando de evolução. Podemos ter consciência de nossos defeitos e nos amarmos apesar deles mas, como a mãe que ri amorosamente da falta de jeito do bebê em manipular a colher, ter paciência conosco mesmo e tentar novamente. Isto é patrocinar-se a todo momento para melhorar em todos os sentidos.
Quem o conhece melhor que você mesmo? Quem melhor poderá suprir suas necessidades e satisfazer seus desejos? Lembre-se: para amar é preciso conhecer, assim, você é a pessoa mais capacitada para amar a si mesmo. Você é a única pessoa no mundo que pode cuidar do seu precioso ego, para que ele se torne a cada dia mais inteiro, realizado e cônscio de seu valor. Só então ele poderá atrair coisas boas para sua vida.
A auto-estima não é um objetivo para ser atingido e pronto, lá está; mas um processo constante a ser praticado diariamente, a cada momento, entendendo conscientemente e selecionando cada pensamento, sentimento e atitude. Significa sentir-se seguro de si mesmo em meio à insegurança, imprevisibilidade e transitoriedade da vida. Significa amar a si mesmo não importa a situação, pois mesmo se você "errou", sabe que na verdade fez o melhor que podia com a consciência, o conhecimento e a compreensão que detinha. Significa sentir-se forte e capaz, pois sabe que sempre fará o melhor que pode com seu corpo, inteligência e experiência. Quando não nos sentimos assim, tendemos a sonhar com uma solução mágica: ganhar na loteria, casar com alguém rico e capaz que cuide de nós, etc. Mas se você se colocou em determinada situação de vida, é porque é exatamente aí em que poderá aprender e evoluir. Uma vida absolutamente planejada, controlada e segura - sonho de muitas pessoas - não permitiria que você crescesse, aprendesse, se adaptasse e se fortalecesse. Por isso tal coisa não existe. Nem a riqueza nem o poder conquistam tal coisa, pois vemos todos os dias ricos, famosos e poderosos envolvendo-se em crimes, escândalos ou dramas pessoais que alteram radicalmente suas existências.
Quando o ego está saudável, completo e satisfeito (embora sempre dentro de um processo) consegue, aí sim, olhar para os lados e admirar espontânea e verdadeiramente outras pessoas: consegue amar outras pessoas, porque só é amor o amor incondicional. O amor que admira em troca de admiração, o amor que dá atenção em troca de atenção, o amor que acaricia em troca de carinho não é amor, é comércio, é o amor venal, da Vênus interesseira. Geralmente, é claro, se dá uma coisa em troca não da mesma coisa, mas de outra, por exemplo, admiração em troca de atenção, carinho em troca de coisas materiais, e assim por diante; não importa, é o mesmo amor venal. Só quem se ama pode amar verdadeiramente outra pessoa. Só quem se compreende e se permite ter "defeitos" (porque todo defeito, em sua essência, contém a semente da perfeição; todo "erro" é a estrada por onde caminha um acerto) consegue compreender e tolerar alegremente os "defeitos" dos outros. Como ninguém é perfeito, só assim se pode amar alguém. Portanto, "ama aos outros como a si mesmo" não é expressão do amor vaidoso, senão do amor tolerante e incondicional. Quem se ama não se magoa com os outros, não se sente traído, não se decepciona, porque não espera nada, não constrói expectativas.
Provavelmente a cultura do meio em que você foi criado o ensinou a deixar o amor-próprio em segundo plano, para não parecer imodesto ou, como diz o povo: "metido", "nariz empinado". Agora, é hora de aprender a se valorizar. Como em todo aprendizado, você pode começar por observar modelos de auto-estima. Não pessoas que vivem falando de si mesmas, esmolando sua atenção ou caçando elogios, mas aquelas que são naturalmente seguras, meigas, tranqüilas e incentivadoras. Pessoas que apresentam equilíbrio e confiança, que admitem seus erros e riem deles, que se aceitam como são mas mostram disposição para melhorar sempre. Em seguida, treine, pratique, preste atenção em seus erros, nos pensamentos, sentimentos, emoções e atitudes que minam seu amor-próprio. Por exemplo, quando obtém alguma vitória ou um pequeno sucesso no dia-a-dia, você logo liga pros amigos pra contar? Isso é sede de elogios, carência de aprovação, indicando que você não está se bastando: baixa auto-estima. O mesmo ocorre se você fica se compensando, por exemplo, "eu lavei a louça toda, então mereço uma fatia de bolo". Quem se ama sabe que sempre merece uma fatia de bolo, e sabe obter prazer das tarefas mais banais do dia-a-dia, como lavar louça ou varrer a casa; afinal, as coisas só são chatas se a companhia é chata: você mesmo. Se você se ama, você está lá, inteiro, está lavando a louça, tarefa rotineira e sem desafios, mas está na companhia de seus interessantes pensamentos, da sua excelentísssima pessoa, o que é uma honra única e particular.
Procure fazer alguns exercícios, como olhar-se no espelho e afirmar "eu me amo", e então, ouvir internamente qualquer dúvida que se apresente para questionar essa afirmação: isso lhe dará indícios das coisas que estão no subconsciente minando seu amor-próprio. Varie a frase "eu me amo" das mais diversas maneiras. Beije sua imagem no espelho e, se se sentir ridículo, tente detectar de quem é a voz de escárnio dentro de você, quem é a pessoa introjetada que duvida do seu amor-próprio: seu pai?, sua mãe?, sua ex-namorada?, seu melhor amigo?
A viagem do auto-conhecimento e da auto-compreensão, que pode ocorrer 24 horas por dia e só necessita de atenção e honestidade para consigo mesmo, fatalmente chega a seu destino: o amor-próprio, a auto-estima, o carinho muito grande por si mesmo. Amor, estima e carinho que, quando o preencherem completamente (e só então), transbordarão e atingirão outras pessoas e permearão todas as situações da sua vida. Mas não esqueça: não só a viagem nunca termina, como a chegada acontece o tempo todo, ou não acontece. Como uma lâmpada sempre acesa, que ilumina o entorno porque está sempre cheia de luz e está sempre se alimentando da energia que a sustenta. A lâmpada é você, a luz é o amor-próprio e o amor que transborda, a energia é a atenção e a compreensão. Então, ao compreender e admitir que você possui capacidade e merecimento, seu subconsciente não mais bloqueará as coisas de que necessita e aquelas que deseja e merece, mas, pelo contrário, as atrairá naturalmente, sem esforço, não magicamente, mas metafísicamente.

por Lucas Aureli

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Eu amo batatas de todas as maneiras, essas que apresento nesta postagem são apenas algumas formas não-tradicionais de prepará-las que desenvolvi para ter mais variedade. Uma coisa importante a se observar sobre batatas, é que elas se comportam de maneira muito diferente dependendo e da qualidade e da forma de conservação. Nas minhas receitas, uso
normalmente dos tipos bintje, elvira ou monalisa. Quanto à conservação, ocorrem dois processos químicos antagônicos, conforme a temperatura em que elas são guardadas. Batatas que ficam à
temperatura ambiente mantém maior taxa de amido, isto é, ficam mais porosas, sendo melhores
para fazer purê ou cozidas "desmanchando", para se comer só com sal e azeite, à moda
espanhola. Batatas que ficam na geladeira por pelo menos 24 horas, transformam o amido em
gordura e ficam mais rígidas, sendo melhor para cozer em sopas ou pratos de forno ou ainda
para fritar. Aliás, batatas congeladas nunca, só a pré-cozida para fritar. Então, nas receitas
abaixo, considere se a batata deve ser da gelada ou da não-gelada. Outra dica: ao comprar,
prefira as não-lavadas (é! aquela com terra mesmo), porque são as que melhor se conservam e
ainda custam menos. Experimentem e depois... COMENTEM!

1. Suflê de Batatas
INGREDIENTES
6 batatas (das geladas) grandes com casca, bem lavadas e escovadas
2 colheres de sopa de manteiga (por favor, não use margarina!)
1 colher de sopa de farinha de trigo
1/2 xícara de leite morno1 xícara de ricota amassada (ou outro queijo ralado grosso)
3 gemas
3 claras em neve
sal e pimenta, açafrão e pó e urucum
1/2 colher de café de fermento químico
3 colheres de sopa de gergelim torrado
PREPARO
Cozinhar as batatas para ficarem bem firmes (só 10 minutos na pressão); tirar a "tampa" delas, tirar a base (para ficar em pé) e escavar delicadamente com uma pequena colher; numa
frigideira anti-aderente, aquecer a manteiga e adir o miolo das batatas amassado,adir a farinha e misturar, adir o leite, o queijo e as gemas, sempre aos poucos, salgar e apimentar, adir açafrão e urucum para dar cor, e o fermento; deixar esfriar um pouco para não baixar as claras e então incorporar as claras em neve com cuidado (com movimentos de baixo para cima). Rechear as batatas vazadas com essa mistura e polvilhar o gergelim; levar ao forno por 40 minutos ou até gratinar. Servir em seguida, senão murcha!

2. Bolo Frio de Batata com Atum

INGREDIENTES PARA A MASSA
1 kg de batatas (das não-geladas), lavadas e escovadas
3 colher de sopa de manteiga (margarina não!!!)
1 colher de sopa de óleo
1 cebola picada
2 dentes de alho picados
2 cubos de caldo de peixe
¾ copo de leite
PREPARO DA MASSA
Cozer as batatas com casca, resfriar e descascar; refogar no óleo e manteiga a cebola e o
alho, adir o caldo de peixe e misturar; adir as batatas e amassar com o amassador; amalgamar,
adindo o leite aos poucos. IMPORTANTE: espere resfriar!
INGREDIENTES PARA O RECHEIO
2 latas de atum ralado
1/2 lata de milho

1 alho porró picadinho
2 colheres de sopa de uvas passas sem sementes picadinhas
2 colheres de sopa de parmesão ralado
2 colheres de sopa de queijo prato em cubos de 1 cm de lado
PREPARO DO BOLO

Juntar todos os ingredientes à massa já fria e misturar cuidadosamente
INGREDIENTES PARA A DECORAÇÃO
azeite para untar

gergelim torrado para polvilhar
2 tomates pequenos em fatias
2 ovos cozidos e fatiados
OPCIONAL: filés de sardinha ou atum
PREPARO FINAL
Untar uma travessa, polvilhar o gergelim, dispor os tomates, os ovos e os filés, esteticamente; preencher com a massa e apertar bem, cobrir e levar à geladeira, tirar da geladeira ½ hora antes de servir
ACOMPANHAMENTO SUGERIDO
Folhas verdes (alface, agrião, rúcula, acelga... vai do gosto). Bom para dias quentes! As crianças adoram!

3. Torta de Batatas com Frango

INGREDIENTES PARA O RECHEIO
1 peito de frango desfiado temperado com caldo de galinha azeite

3 dentes de alho
½ litro de tomates frescos liquidificados e peneirados ou polpa pronta
1 lata de milho ou ervilha
1 xícara de azeitonas picadinhas
½ xícara de cheiro verde picadinho (cebolinha e salsinha)
PREPARO DO RECHEIO

Refogar o alho, adir o peito de frango e a polpa de tomate aos poucos, cozer em fogo baixo até reduzir (não deve ficar líquido, mas uma massa), adir os ingredientes restantes e misturar bem
INGREDIENTES DA MASSA
purê de batata frio (feito com 1 kg batatas não-geladas)
2 ovos batidos
sal
2 colheres de sopa de manteiga (margarina não!!!...)
½ xícara de leite
50 gs de queijo parmesão ralado
PREPARO DA MASSA
Misturar tudo e acertar o sal
MONTAGEM
Untar um refratário com manteiga e dispor parte da massa no fundo, sobrepor o recheio, cobrir com o restante da massa; levar ao forno quente, após 15 minutos, pincelar com 1 ovo batido, voltar ao forno para gratinar por mais 10 minutos.

4. Batata "Frita" no Forno

INGREDIENTES
4 batatas médias (das não-geladas) com casca lavadas e escovadas

2 colheres de sopa de qualquer álcool potável (pode ser cachaça sim)
½ xícara de farinha de trigo (ou amido de batata)
azeite para untar assadeiras
sal
PREPARO
Processar as batatas em palitinhos, pôr de molho em água com álcool por 20 minutos; escorrer
e dispor num pano de prato para secar bem; levar as assadeiras untadas ao forno por 5 minutos para aquecer; enquanto isso, sacudir bem as batatas dentro de um saco com a farinha e o sal; dispor nas assadeiras e deixar no forno alto até quase tostarem, então abaixar o fogo e deixar mais uns 5 minutos, apagar e deixar mais uns 10 minutos. Agora é só comer! Esse prato é meio rústico, então não vai ficar igual àquelas da lanchonete de fast-food, tá.